domingo, 18 de maio de 2014

JONATHAN EDWARDS (1703-1758)



"A ABOLIÇÃO DAS FALSAS RELIGIÕES E DAS NAÇÕES INCRÉDULAS - Parece evidente que chegará o tempo em que não restará no mundo um povo que não abrace a verdadeira religião,uma vez que Deus revelou explicitamente que nenhuma nação assim será deixada sobre a Terra:"A nação e o reino que não te servirem;perecerão;sim,essas nações serão de todo assoladas" (Is 60.12). Deus declarou que a idolatria pagã e toda adoração a falsos deuses serão totalmente extintas,da maneira mais universal,de sorte que não persistirão em nenhum lugar debaixo do céu nem sobre a face da terra: " Os Deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo destes céus" (Jr 10.11). " Vaidade são,obras de enganos;no tempo da sua visitação,virão a perecer" (Jr 10.15,ARC).Deve-se entender com isso que essas coisas se darão enquanto esta terra e estes céus existirem,isto é,antes do fim do mundo.Com isso Isaías 54.1,2 concorda "Canta alegremente,ó estéril,que não deste à luz;exulta com alegre canto e exclama,tu que não tiveres dor de parto;porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada,diz o Senhor" . Alarga o espaço da tua tenda;estenda-se o toldo da tua habitação,e não o impeças;alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas" . " O teu Criador é o teu marido;o Senhor dos Exércitos é o seu nome;e o Santo de Israel é o teu Redentor;ele é chamado o Deus de toda terra" (Is 54.5). TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO "A BUSCA DO AVIVAMENTO-a obra clássica sobre a relação entre os períodos de reavivamento e a oração" DE JONATHAN EDWARDS(1703-1758),EDITORA CULTURA CRISTÃ,PÁG.42.

sábado, 17 de maio de 2014

OS PERIGOS DO "SISTEMA DE APELO"


Por: Ernest Reisinger

O "Sistema de Apelo" está cheio de erros e perigos. A ênfase desta expressão se encontra na palavra "sistema". Não falei "convite". Se os pregadores não convidam os pecadores a virem a Cristo, deveriam abandonar o ministério. Existe uma tremenda diferença entre o convite bíblico e o "Sistema de Apelo".

1. Por não esclarecerem o convite, os pregadores inadvertidamente instituíram um sistema ou uma condição para a salvação que, além de não ser encontrada na Bíblia, jamais foi praticada ou aprovada por Cristo e seus apóstolos. A confissão pública não é uma condição para a salvação; pelo contrário, é o resultado da salvação.

2. A chamada para "vir à frente" (ou "levantar uma das mãos") não é um mandamento divino, e sim um mandamento criado pelo homem. Muitas vezes, aqueles que vão à frente são levados à crer que fizeram algo recomendável diante de Deus. Vir à frente não é algo que Deus ordenou. Já ouvi pessoas sendo agradecidas por virem à frente, enquanto falsamente imaginasse estarem desobedecendo a Deus aqueles que não vierem à frente. Contudo, Ele jamais ordenou tal coisa; tampouco existe qualquer relato disso em toda a Bíblia - ou na igreja, em seus primórdios.
O sistema produz falsa segurança. " Agora que eu fui à frente estou salvo." Quantas vezes já ouvi isso! Mas esta não é a base bíblica da segurança. Esse sistema também produz, frequentemente, uma culpa falsa naqueles que não vão à frente.

3. Existe o terceiro perigo de igualar o "vir a Cristo" com o "vir à frente" da igreja. Isso tende a enganar as pessoas. É comum ouvirmos expressões do tipo " ele foi à frente para ser salvo", ou "se eles tivessem cantado mais uma estrofe, eu teria respondido ao apelo", ou "eu não pude esperar até o próximo culto, na noite seguinte,  para ser salvo". Já ouvi isso inúmeras vezes. É um comentário acerca daquilo que está sendo ensinado às pessoas.
Em certa ocasião, um diácono me disse que os pecadores viriam a Cristo, se eu escolhesse outro hino na hora do apelo.
O Espírito Santo ausenta se do culto quando a última estrofe do hino é cantada? Espero que não! Se for, desisto de pregar e do próprio cristianismo.
1 João 2.23 assevera: "Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai". Isso não é um ato físico. Você pode fazê-lo em seu lugar, não movendo sequer os olhos.

4. O quarto perigo do sistema de apelo é a inevitável confusão na consciência daqueles que não foram à frente, quando convidados pelo pregador. Em geral, eles ficam com a impressão de que se rebelaram contra Deus, quando a verdade é que não se rebelaram de maneira alguma.
Esta falsa idéia de igualar o "vir à frente" com o "vir à Cristo" tem produzido o maior recorde de estatísticas já computado na igreja ou nos negócios! O sistema é responsável por estatísticas enganosas. Falsifica o papel do pregador ou do evangelista. "Ele tem conseguido decisões?" "Quantas foram as decisões naquela reunião?"

5. Outro erro produzido por esse sistema é uma errônea apresentação da fé. A fé é representada como algo a ser feito, para se obter salvação. Sou zeloso pela expressão "somente pela graça", e não por um ato físico. Quero cantar "Maravilhosa Graça", e não "Maravilhosa Decisão" (ir à frente)!
Em que consiste a fé? Explicá-la não é a tarefa do pregador. O alvo do pregador é deixar claro o objeto da fé, Jesus Cristo. O pregador não é chamado por Deus para explicar o ato da fé.


Fonte: Revista Fé para Hoje, Editora Fiel, Anos 2000-2001, Págs. 57-59.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O Maravilhoso Amor de Cristo!




"Se o amor de Cristo para conosco foi o meio usado pelo Espírito Santo no princípio para nos atrair ao serviço de Cristo,é também pelo mesmo meio que Ele nos leva a perseverar até o fim.Assim,se de vez em quando passa por tempos de frieza e indiferença e começa a ficar cansado,ou retarda-se no serviço de Deus ,veja bem,aqui está o remédio!Olhe novamente para o Salvador ensanguentado.Esse sol da justiça é o grande pólo magnético ao redor do qual todos os Seus santos se movem rapidamente e em suave e harmoniosa união,"não sem canção".Enquanto o olhar do crente está fixado em Seu amor,seu caminho é livre e desimpedido,pois aquele amor sempre constrange.Mas,se se desviar o olhar de fé,o caminho se torna impraticável e a vida de santidade um cansaço.Portanto,quem quiser viver uma vida de santidade perseverante,deve manter seus olhos fixos no Salvador.Enquanto Pedro olhou somente para o Salvador,andou sobre o mar em segurança,indo para Jesus,porém quando olhou em redor e viu o vento impetuoso teve medo,e começando a afundar gritou:"Senhor,salva-me!" Assim será também com você.Enquanto olhar com fé para o Salvador que o amou e deu-se a si mesmo em seu lugar,poderá singrar as águas do oceano tumultuoso da vida,e as plantas de seus pés não ficarão molhadas.Contudo,ao olhar em volta você verá os ventos e as ondas que se ameaçam de todo lado,e então como Pedro,começará a afundar e gritar:"Senhor,salva-me!"Quão justamente,então,podemos dirigir a você a repreensão do Salvador a Pedro:"Ó homem de pouca fé,porque duvidaste?"Olhe novamente para o amor do Salvador e contemple aquele amor que constrange a não viver mais para si mesmo,mas para Aquele que morreu e ressurgiu por você." EXTRAÍDO DO LIVRO "O AMOR DE CRISTO",DE ROBERT MURRAY McCHEYNE,EDITORA PES,PÁGS.20 e 21.

terça-feira, 6 de maio de 2014

João Calvino (1509-1564)



"Ah! filha de babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a nós. Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras." Salmo 137:8-9. Nesta passagem, Calvino comenta: Embora a vinda do juízo de Deus, ainda não lhe estivesse aparente, o salmista discerne-a com os olhos da fé, tal como o apóstolo define apropriadamente a fé como " a convicção das coisas que não se vêem" (Hb 11.1). Embora parecesse incrível que qualquer calamidade pudesse sobrevir a um império tão poderoso como o era então a Babilônia e inexpugnável como geralmente era considerada, o salmista vê pela ótica da Palavra a destruição e subversão desse império. Ele convoca todo o povo a fazer o mesmo, e, pela fé na sublimidade dos oráculos celestiais, convida-os a desprezar o orgulho daquela cidade desprezada. Se as promessas divinas nos inspiram com esperança e confiança, e o Espírito de Deus molda as nossas aflições de acordo com a sua própria retidão, devemos erguer nossa cabeça, nas mais profundas aflições pelas que tenhamos de passar, e gloriar-nos no fato de que tudo está bem conosco em nosso piores fadigas e que nossos inimigos estão destinados a destruição. Ao declarar que seriam felizes os que pagassem os babilônios com vingança, o salmista não quis dizer que o serviço feito pelos medos e persas receberia, por si mesmo, a aprovação de Deus; pois estavam envolvidos na guerra por ambição, cobiça por insaciável e rivalidade inescrupulosa. Contudo, ele declara que uma guerra realizada sob o auspício de Deus seria coroada de sucesso. Visto que Deus determinara punir Babilônia, Ele pronuncio uma bênção sobre Ciro e Dario. Por outro lado, Jeremias(48.10) declara maldito aqueles que realizassem a obra do Senhor negligentemente, isto é, fracassassem em realizar com zelo a obra de destruição à qual Deus os chamará como executores contratados. Querer que as criancinhas tenras e inocentes fossem lançadas e esmagadas nas rochas talvez pareça conter um sabor de crueldade, porém o salmista não fala sob o ímpeto de um sentimento pessoal e emprega somente palavras que Deus mesmo havia autorizado. Portanto, isto é apenas a declaração de um juízo justo, semelhante as palavras de nosso Senhor, quando disse: " Com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também" (Mt 7.2). Isaías (13.16) havia emitido uma predição especial em referência à Babilônia, uma predição que o salmista, sem dúvida, tinha diante de si: "Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro. Os seus arcos matarão os jovens; eles não se compadecerão do fruto do ventre; os seus olhos não pouparão as crianças".

 JOÃO CALVINO,SALMOS,VOL.4, PÁG. 471 e 472, EDITORA FIEL Curtir · · Promover · Compartilhar

domingo, 4 de maio de 2014

D.M.Lloyd Jones - Da Justificação Pela Fé



"O conceito católico-romano de justificação consiste, antes de tudo, em que ele significa e inclui o perdão dos pecados, e estão totalmente certos nesse ponto. Mas acrescentam que o pecado inerente em nós é tirado de nós por causa de Cristo. E ainda não param por aí. Prosseguem dizendo que na justificação há uma infusão positiva da graça em nós, e essa vem, naturalmente, por meio do batismo. Dizem que, no ato do batismo, a graça é realmente infundida na pessoa que é batizada, e essa faz parte da justificação. O perdão, a remoção do pecado -sim- mas também a infusão no batismo de uma justiça positiva, e não meramente uma justiça positiva, mas também a vida de Deus. E então os católicos-romanos prosseguem dizendo que a justificação é progressiva. E claro que eles são totalmente consistentes nesse ponto. Se tal infusão da graça existe, ela crescerá e se desenvolverá; a justificação tem de ser progressiva. Além do mais, tipicamente, eles são obrigados a ir além, e até dizer que ela pode ser perdida, caso nos tornemos culpados do que denominam de "pecado mortal". Todavia, se a perdemos, dizem que podemos reconquistá-la passando através do sacramento de penitência, e o processo de penitência será completado no purgatório. Ora, essa é a característica do conceito católico-romano, e esse foi o conceito sustentado por Martinho Lutero antes de sua conversão. Mas, então, vocês se lembram, a história de sua vida prossegue relatando-nos que, repentinamente, ele viu uma declaração nas Escrituras. Ele a lera muitas vezes antes, porém jamais a vira realmente. Eis o que ele viu" Mas o justo viverá da fé" (Rom. 1:17) - e essas palavras, em termos absolutos, mudaram tudo para ele. Toda a sua vida foi revolucionada; ele se tornou literalmente um homem diferente. De súbito viu que toda sua idéia anterior sobre a justificação fora completamente antibíblica, completamente falsa, e no momento em que percebeu isso, ele experimentou uma grande libertação na sua alma. Começou a pregar esta verdade, e então teve início uma grande e poderosa obra de reforma. O que exatamente, pois, Lutero percebeu? Percebeu que a justificação é um ato judicial de Deus, baseado na obra e mérito de Cristo, no qual Ele declara como justos nós que Cremos no Senhor Jesus Cristo, e descansamos nisso pela fé. Eis o que Lutero percebeu. Como consequência, num momento, ele soube que estava de bem com Deus. O problema de Lutero havia sido aquele de Jó: "Como pode o homem ser justo para com Deus?" (Jó 9:2). Esse era o problema que oprimia a mente e o coração de Lutero. Lá estava ele, um monge em sua cela, perguntando: "Como posso me justificar perante Deus?" Ele jejuava, orava, suava, fazia boas obras, e todavia estava cada vez mais cônscio da escuridão e das trevas de seu próprio coração e da absoluta e indizível justiça e santidade de Deus. E ele tentava ajustar-se, a fazer-se justo, de conformidade com o sistema católico-romano, mas não podia; todavia repentinamente ali estava ela. Deus o declara justo, e ele é justo, porque Deus assim diz, porque Deus pôs a seu crédito a justiça do Senhor Jesus Cristo. Esse é o antecedente histórico no qual devemos regozijar-nos mais e mais. O ponto nevrálgico da questão é este: o grande equívoco em que todos nós tendemos a cair, como aconteceu com Lutero, com respeito à justificação, é que a nossa tendência é pensar que a justificação significa que somos feitos justos ou bons ou retos ou santos. Mas isso é completamente errôneo. Na justificação, não somos feitos justos; somos declarados justos - o que é completamente diferente. Afirmar que na justificação somos feitos justos é confundi-la com a santificação. A justificação é algo legal ou forense. É Deus, como juiz, que é responsável por administrar Sua própria lei, dizendo-nos que, com respeito à Sua lei, Ele está satisfeito conosco, devido a justiça de Cristo. A justificação é um ato declaratório - um ato que não faz nada a nós, porém diz algo sobre nós. Ele não tem referência ao meu real estado ou condição interior; refere-se à minha situação ou posição, ao meu comparecimento à presença de Deus. Ora, essa é a doutrina bíblica da justificação. Isso é o que Lutero descobriu; isso é o que ele começou a pregar e, em certo sentido, despendeu o resto de sua vida a proclamá-lo." FONTE: Dr. Martyn Lloyd Jones, "Deus o Espírito Santo - Grandes Doutrinas Bíblicas", Editora Pes, Págs.217-219.

O Perigo do Legalismo



Tenhamos cuidado para não cairmos em legalismo. 

Mantendo sempre em nossa mente que a Lei traz um conhecimento das consequências avassaladoras do pecado: " Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás...E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.
Romanos 7:7,9.

A Lei direciona ao Nosso Senhor Jesus: "De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.
Gálatas 3:24

Fixando as passagens citadas anteriormente, sim, podemos concluir que a Lei de Deus continua para nós, " Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas cumprir.Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido."
Mateus 5:17-18
"Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei."
Romanos 3:31

Cristo, e somente Ele deve ser nosso foco, pois, como foi mostrado na passagem de Gl.3:24, busquemos a Cristo nosso Senhor, pela Lei estaríamos condenados, jamais devemos ter em mente, que, a observância da Lei seria nossa base para salvação. Cristo foi o único e perfeito cumpridor da Lei. Tiago 2:10 e 2Co.3:6-8, mostram essa impossibilidade para nós. Gálatas.3:13 "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;" A Lei de forma alguma pode ser considerada ruim, mas, contém maldição para os que a transgridem; logo, Cristo é nosso foco! "Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" Gálatas 4:5.


Bruno, versão Almeida Corrida Fiel.

Imoralidade Sexual


Moço, eu insisto, se você ama a vida, fuja da imoralidade sexual(1Co 6.18). "Ninguém vos engane com palavras vãs, porque por estas cousas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Ef 5.6). Fuja das ocasiões para esse pecado, da companhia daqueles que podem induzi-lo a pecar e de lugares onde você pode ser tentado a cair nesse pecado. Leia o que nosso Senhor disse a respeito, Mateus 5.28.  Seja santo como Jó, que disse: "Fiz aliança com meus olhos"(Jó 31.1). Fuja de conversas imorais. Essa é uma das coisas que nem sequer deve estar em nossos lábios. Não há como manusear o piche sem sujar as mãos. Fuja dos pensamentos imorais; resista-lhes; mortifique-os; ore a respeito; faça qualquer sacrifício, ao invés de ceder. Com muita frequência, a imaginação é a incubadora onde é chocado esse pecado. Vigie os seus pensamentos, e pouco haverá que se temer quanto as suas ações.


Extraído do livro, "Uma Palavra aos Moços", J.C.Ryle, Editora PES, pág. 30.

Biografia



Thomas Doolittle nasceu na cidade de Kindderminster, Worcestershire. Quando estava na escola secundária de Kindderminster, Doolittle ouviu Richard Baxter pregar sermões que posteriormente foram publicados como The Saints' Everlasting Rest, (1653). Esses discursos levaram à conversão de Doolittle no início da década de 1640; daí por diante ele chamava Baxter de seu "pai em Cristo".Logo Depois da conversão, Doolittle deixou sua ocupação como assistente de um advogado do condado, que exigia que ele trabalhasse no domingo. Baxter incentivou Doolittle a entrar no ministério. Para preparar-se, Doolittle estudou no Pembroke Hall, Cambridge, obtendo o grau de bacharel em Artes em 1653 e um grau de mestre em 1656. Seu preceptor foi William Moses, que posteriormente foi expulso de Pembroke.Doolittle rapidamente ganhou reputação como um grande pregador. Em 1653, recebeu a ordenação presbiteriana, mas assumiu compromisso com St. Alfege, London Wall, uma congregação da Igreja da Inglaterra que ele serviu até ser expulso por não conformidade em 1662. Seu ministério ali foi eminentemente bem sucedido. Em 1657,ele escreveu a Richard Baxter, que ele continuava a consultar para aconselhar-se e por questões teológicas:" Deus me tem dado abundante encorajamento em meu trabalho, concedendo-me favor nos corações e nos sentimentos do povo...e de outros da cidade" (Oxford DNB, 16.561).Doolittle casou-se com Mary Gill em 1655. Eles tiveram três filho e estavam esperando o quarto quando Doolittle foi expulso do seu cargo e residência. Depois da expulsão, eles tiveram mais cinco filhos. Reduzido à pobreza, Doolittle mudou-se para Moorfields, onde organizou em seu lar uma escola com internato e lhe chamou Academia Não Conformista Pioneira. Quando a escola cresceu, Doolittle tomou como seu assistente Thomas Vincent, que tinha sido expulso de St. Mary Magdalene, Milk Street.Em 1665, o ano da grande peste, Doolittle e seus alunos transferiram-se para Woodford Bridge, perto de Chigwell. Vincent ficou em Moorfield para ministrar aos moribundos. Quando Doolittle voltou para Londres, ele foi um dos ministros não conformistas que desafiaram a lei erigindo casas de reunião no lugar de igrejas arruinadas pelo grande incêndio de 1666. A primeira delas foi em Bunhill Fields, onde ele serviu sem ser perturbado. Quando se viu que esse edifício ficou pequeno demais para a crescente congregação, um maior foi construído na Monkwell Street. Doolittle pregava duas vezes cada domingo, e nas quartas-feiras fazia sua exposição pessoal do Breve Catecismo da Assembléia de Westminster. Essas falas foram publicadas postumamente em 1723 como A Complete Body of Pratical Divinity. Ele também estimulava outros ministros a catequizarem para promover conhecimento, firmar os jovens na verdade e prepará-los para lerem e ouvirem melhor os sermões.Quando Doolittle estava servindo na Monkwell Street, as autoridades agiram. O lorde prefeito instou com Doolittle que parasse de pregar, mas ele se negou a fazê-lo. No sábado seguinte, soldados arrombaram a porta da casa de Doolittle e entraram para prendê-lo. Doolittle fugiu pulando um muro. Vários amigos o persuadiram a não pregar no dia seguinte . Thomas Sare, um ministro expulso, tomou seu lugar. Seu sermão foi interrompido por tropas que lhe ordenaram que parasse de pregar. Quando Sare não recuou, o oficial comandante das tropas deu ordem de fogo. "Atire, se isso lhe agrada", replicou Sare. Grande confusão resultou, sem, contudo, ser derramado sangue. As forças do Rei sitiaram o edifício. Quando Charles II editou sua Declaração de Indulgência, Doolittle solicitou licença para sua casa de reuniões. Enquanto isso, a Academia Não Conformista Pioneira se expandira constituindo uma escola que preparava estudantes para a universidade. Quando Charles revogou sua Indulgência em 1673, Doolittle transferiu sua escola para Wimbledon, onde levou adiante, cautelosamente, o seu trabalho. POr pouco não foi preso de novo.Em 1680 Doolitle voltou para Islington. Depois de ser multado várias vezes por pregar, foi obrigado a sair de lá em 1683. Ele foi para Battersea, onde todas as suas posses foram confiscadas e vendidas pelas autoridades, e dali mudou-se para Clapham. Em 1687, a perseguição o compeliu a mudar-se mais uma vez - desta vez para St. John's Court, Clerkenwell, Middlesex.As mudanças arruinaram tanto a sua academia que Doolittle foi forçado a fechá-la temporariamente em 1687. Após o ato de tolerância de 1689, ele restabeleceu sua escola e seu ministério. Dirigia cultos na Monkwell Street duas vezes todo domingo e fazia preleções nas quartas-feiras. Durante os próximos dezoito anos, ele foi assistido por John Mottershead, Samuel Doolittle (seu filho) e Daniel Wilcox, que mais tarde o sucedeu.Sua esposa por quarenta anos morreu em 1692. Por volta dese tempo, aparentemente Doolittle parou de receber estudantes. Em seus aproximadamente trinta e cinco anos de operação, a escola tivera grande impacto em centenas de estudantes, entre os quais figuras notáveis como Matthew Henry, Edmund Calamy e John Kerr, os quais seguiriam as pegadas de Doolittle tornando-se influentes ministros não conformistas. Poucos anos mais tarde, Doolittle casou-se com outra Mary, que o assistiu amorosamente no ministério e que lhe sobreviveu por apenas cinco meses. Depois de uma enfermidade relativamente breve, Doolittle morreu no dia 24 de maio de 1707, e foi enterrado em Bunhill Fields, Londres. Dos clérigos expulsos de Londres ele foi o último a morrer.Doolittle escreveu vinte e três edificantes tratados. Suas cinco obras sobre catequese foram sumamente elogiadas por seus pares. Muitos dos seus livros, todos os quais eram tipicamente puritanos, passaram numerosas edições.

BIOGRAFIA EXTRAÍDA DO LIVRO, "PAIXÃO PELA PUREZA", JOEL R. BEEKE and RANDALL J. PEDERSON, EDITORA PES, PÁGS. 254-257.

THOMAS WATSON (1620-1686)



" O dia da vida pode expirar. Que certeza temos de que vamos viver mais um dia? Estamos marchando velozmente para fora do mundo. Estamos saindo do palco. A nossa vida é uma vela que logo se apaga. A vida do homem é comparável à flor do campo que se seca mais depressa que a erva comum (Salmo 103:15). O tempo da nossa vida é como nada ( Salmo 39:5). A vida é apenas uma sombra fugidia. O corpo é como um vaso que contem um pouco de ar. A doença abre esse vaso; a morte o esvazia. Oh, como muda depressa a cena! Muitas virgens vestiram no mesmo dia o seu vestido de noiva e a sua mortalha. Como é perigoso, então, adiar o arrependimento, sendo que a morte pode vir tão de repente sobre nós!
Puritano Thomas Watson, "A Doutrina do Arrependimento", Editora Pes, Pág.123.

D.M.Lloyd Jones



RECONCILIADOS COM DEUS

O que significa isso? Deixem-me sumariar rapidamente. A sua maior necessidade e a minha - a maior necessidade do mundo inteiro - é sermos reconciliados com Deus. Nada nos aproveitará, exceto sermos reconciliados com Deus. Todos os nossos problemas devem-se ao fato de que estamos alheios e rebeldes, e, como digo, sob a maldição da ira de Deus. A suprema necessidade do homem é estar em correto relacionamento com Deus e ser abençoado por Ele. Como pode isso acontecer? Aqui estão meus pecados e eles estão entre mim e Deus.Não posso livrar-me deles. O que fiz está feito. E ainda que eu passe a eternidade esforçando-me para apagar os meus pecados, não poderei fazê-lo...E Ele fez isso em Jesus Cristo, e Este crucificado. O significado da morte na cruz é este: Deus, sendo santo, não finge que ignora o pecado. Ele é um Deus justo, reto e santo, e disse que a alma que pecasse, essa morreria. "O salário do pecado é a morte", e isso é evidente no mundo moderno.Muito bem, como posso ser reconciliado com Deus? O que pode ser feito a respeito dos meus pecados? Deus disse que precisava puni-los. A Sua justiça demanda isso. Entretanto, se Ele castigasse os meus pecados, seria o meu fim. Eu iria para a morte eterna. Todavia, Deus planejou um modo, e planejou antes mesmo da fundação do mundo. Ele mandou Seu próprio Filho, sem mancha, puro, sem mácula, Aquele que nunca quebrou um til da Lei, que havia sido completamente obediente ao Seu Pai.Deus O mandou para a cruz e impôs sobre Ele os nossos pecados. "Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que Nele fôssemos feito justiça de Deus." " Deus estava em Cristo" - através de Cristo, e particularmente, na cruz - "reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões (2 Cor. 5:21,19). Ou, como diz Pedro " carregando ele mesmo em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecado, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça, por suas chagas fostes sarados". (1 Pedro 2:24).Meus queridos amigos, a única maneira de ser reconciliado com Deus é saber que Cristo morreu pelo seus pecados, suportou o castigo que lhes cabe, sofreu a culpa que lhes pertence. NEle vocês são reconciliados com Deus. E por isso Paulo pregava Jesus Cristã.

Extraído do Livro "Jesus Cristo e Este Crucificado", Págs, 36-39, Editora Pes, Dr. Martyn Lloyd Jones.

Ralph Venning (1622-1674)


" A nossa pecaminosidade piora pelo fato de continuarmos a praticar o mal, apesar da contínua bondade de Deus para conosco(Romanos 2:4). Fazemos votos e tomamos resoluções, e depois não os cumprimos. Quando adoecemos, prometemos ser diferentes quando recuperamos a saúde - porém quando nos sentimos bem não mudamos. Assim é que, não somente fazemos coisas iníquas, mas também agravamos a iniquidade delas porque sabemos que deveríamos proceder melhor."





Fonte: " O Pecado é Coisa Séria" , Puritano Ralph Venning, Editora Pes, Pág.90.

John Owen (1616-1683)


EXPLICAÇÕES BREVES SOBRE 6 PASSAGENS DAS ESCRITURAS "Entre outros versículos das Escrituras empregados, às vezes, para sugerir que Cristo morreu por todos os homens, estão os seguintes: 1.João 1:9. Este versículo é provavelmente melhor traduzido da seguinte maneira: "Ali estava a verdadeira luz, que vindo ao mundo, alumiou a todo homem." ( Compare também João 3:19 e 12:46). Em outras palavras, ao vir ao mundo, Cristo produziu um efeito iluminador sobre os homens; qualquer pessoa que tenha um fio de luz da verdade, o tem de Cristo. Esta é realmente uma passagem fraca para servir de base a qualquer argumento em favor da redenção universal. 2.João 1:29. Que Cristo tira o pecado comum de todo o mundo em geral, é muitíssimo certo. Mas que Ele tira e expia o pecado de todos e de cada um dos homens não é verdade, nem neste versículo nem em nossa experiência! 3.João 3:17. Não se pode entender que esta passagem significa que Cristo morreu por todos os homens, pois: a. Todos os homens não são salvos, de fato. b. Muitos já estavam condenados quando Cristo veio. c. Cristo foi destinado para a queda de alguns (Lucas 2:34) d. O objetivo da vinda de Cristo não pode ter sido diferente do propósito eterno de Deus, o qual já incluía a condenação de alguns por causa dos seus pecados. Deus teria enviado Seu Filho para salvar tais pessoas? O mundo referido aqui como salvo, de acordo com Seu propósito, é o mundo concernente a todo povo de Deus. 4. João 4:42 e João 4:14. Entendemos Cristo como o Salvador do mundo, no sentido que: a. Não há outro Salvador para qualquer pessoa no mundo, e b. somente Ele salva todos quantos são finalmente salvos, em todo mundo. Obviamente, Ele não pode ser considerado o Salvador do mundo devido ter salvo, realmente, a todos - pois Ele não fez isso. 5. João 6:51. O fato de " o mundo" nesta passagem não significar todos e cada um dos homens deve ser tão claro como a luz do dia! O texto afirma que Cristo tinha que dar a Sua vida para que outros tivessem vida. Poderíamos realmente supor que todos os homens, em todos os lugares, têm Sua vida? Aqueles que são condenados já têm Sua vida? Pois temos que responder "sim" a ambas dessas perguntas se "mundo" significa todos e cada um dos homens. 6. 2 Coríntios 5:19. Aqui, novamente, precisamos compreender o sentido da palavra "mundo" pelo seu contexto. Os que são chamados "mundo" no versículo 19, são chamados "nos" no versículo 18 e "nós" no versículo 21. As coisas faladas em todas estas passagens são verdadeiras somente quanto aos crentes. "Mundo" , aqui, significa aqueles cujas transgressões são perdoadas. Se for considerado que "mundo" aqui significa todos os homens, então porque razão não são todos os homens reconciliados com Deus? Não é afirmado que Deus vai reconciliar a todos, sob certas condições, e sim que Ele realmente já o fez. Esta é a nossa defesa e resposta àqueles que torcem estas passagens das Escrituras para sustentar sua opinião de que Cristo morreu por todos. Toda força de seu argumento nestas passagens está na palavra "mundo", a qual é uma palavra muitíssimo ambígua! Que o leitor "prove todas as coisas e retenha o que é bom". EXTRAÍDO DO LIVRETO, "POR QUEM CRISTO MORREU?" , JOHN OWEN(1616-1676), EDITORA PES, PÁGS. 93-95.







REV. ROBERT MURRAY McCHEYNE(1813-1843)

"Que é, então, esta convicção de pecado?

Resposta: é simplesmente o senso do horror que é o pecado. Não é apenas saber que temos muitos pecados e que a ira de Deus se revela contra eles todos; mas é um sentimento de alma e coração de que estamos sob o pecado. Também não é um mero conhecimento do caráter repulsivo do pecado - somente os filhos de Deus sentem o quão repulsivo o pecado é; mas é um sentimento do horror do pecado - da desonra que ele faz a Deus, e da ira à qual ele expõe a alma. Oh, irmãos, a convicção do pecado não é uma ligeira obra natural do coração! Há uma grande diferença entre conhecer uma coisa e ter uma correta percepção dela. Há uma grande diferença entre saber que o vinagre é ácido e de fato prová-lo e sentir que ele é ácido. Há uma grande diferença entre saber que o fogo nos queima e realmente sentir a dor da queimadura. Da mesma maneira, há toda a diferença do mundo entre saber do horror dos seus pecados e sentir o horror dos seus pecados. Será tudo em vão vocês lerem a Bíblia e nos ouvirem pregar, a não ser que o Espírito use as palavras para dar senso e sentimento aos seus corações mortos. As palavras mais claras e francas não os despertarão, enquanto vocês estiverem em sua condição natural. Se pudéssemos provar a vocês, com a clareza da aritmética, que a ira de Deus permanece sobre vocês e sobre seus filhos, vocês continuariam sentados e imóveis - depois iriam embora e esqueceriam tudo, antes de chegarem à porta de casa. Ah, irmãos, somente Aquele que fez o coração de vocês pode impressionar realmente o seu coração. É o Espírito que convence do pecado do homem."

Trecho Extraído do Livro, "Sermões Robert Murray McCheyne", Sermão Nº12 A Convicção do Pecado, Págs. 140-141, Editora Pes.