"Que é, então, esta convicção de pecado?
Resposta: é simplesmente o senso do horror que é o pecado. Não é apenas saber que temos muitos pecados e que a ira de Deus se revela contra eles todos; mas é um sentimento de alma e coração de que estamos sob o pecado. Também não é um mero conhecimento do caráter repulsivo do pecado - somente os filhos de Deus sentem o quão repulsivo o pecado é; mas é um sentimento do horror do pecado - da desonra que ele faz a Deus, e da ira à qual ele expõe a alma. Oh, irmãos, a convicção do pecado não é uma ligeira obra natural do coração! Há uma grande diferença entre conhecer uma coisa e ter uma correta percepção dela. Há uma grande diferença entre saber que o vinagre é ácido e de fato prová-lo e sentir que ele é ácido. Há uma grande diferença entre saber que o fogo nos queima e realmente sentir a dor da queimadura. Da mesma maneira, há toda a diferença do mundo entre saber do horror dos seus pecados e sentir o horror dos seus pecados. Será tudo em vão vocês lerem a Bíblia e nos ouvirem pregar, a não ser que o Espírito use as palavras para dar senso e sentimento aos seus corações mortos. As palavras mais claras e francas não os despertarão, enquanto vocês estiverem em sua condição natural. Se pudéssemos provar a vocês, com a clareza da aritmética, que a ira de Deus permanece sobre vocês e sobre seus filhos, vocês continuariam sentados e imóveis - depois iriam embora e esqueceriam tudo, antes de chegarem à porta de casa. Ah, irmãos, somente Aquele que fez o coração de vocês pode impressionar realmente o seu coração. É o Espírito que convence do pecado do homem."
Trecho Extraído do Livro, "Sermões Robert Murray McCheyne", Sermão Nº12 A Convicção do Pecado, Págs. 140-141, Editora Pes.
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